Indústria têxtil prevê retomada de crescimento em 2016
Depois de eliminar 20 mil postos de trabalho e de um resultado negativo em seu desempenho, com queda de 5%, no ano passado, a indústria têxtil brasileira deve passar neste ano por um período de ajustes e só retomar o crescimento de fato, a partir de 2016, prevê o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Rafael Cervone.
Ele disse que o encarecimento dos custos de produção, com destaque para a energia elétrica e tributação, além da concorrência com os chineses, tem levado os empresários do setor a mudar de estratégias para manter as atividades.
De acordo com as projeções anunciadas pelo dirigente, as atividades estarão quase que estagnadas, com crescimento de 0,3% e faturamento de US$ 51,5 bilhões incluindo a área de confecção.
Se isso se confirmar, o setor já terá um ganho em relação a 2014, embora Cervone aponte um cenário de dificuldades, em meio a queixas de falta de previsibilidade na economia e do temor de um mercado interno mais desaquecido.
Com metas ainda de investir em inovação e produtividade, as empresas têxteis devem continuar neste ano com saldo negativo na contratação de pessoal. Há uma estimativa de corte de 4 mil vagas.
O saldo da balança comercial projetado indica um déficit de US 6,13 bilhões, com alta de 2,7% nas exportações e de 3,6% na importação.
Para Cervone, o fato de o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reconhecer que o primeiro trimestre será ruim para a economia brasileira soa como um avanço da credibilidade do governo diante de um clima de incertezas para novos investimentos.
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